18 dez 2018

Brasileiros montam loja do futuro: Sem atendente e que faz delivery de tudo.

Brasileiros montam loja do futuro: Sem atendente e que faz delivery de tudo.

As lojas sem caixas registradoras prometem revolucionar o varejo. Este ano, depois de vários testes, a Amazon inaugurou o seu primeiro mercado sem atendentes. Sediada

em Seattle, nos Estados Unidos, a Amazon Go utiliza um aplicativo para cobrar os clientes. De olho nessa tendência, os capixabas Tomás Scopel, Rodrigo Miranda e Mário

Miranda decidiram apostar no conceito e abrir uma loja autônoma, em Vitória, Espírito Santo, no final do ano passado. Após algum tempo em operação, Renato Antunes Jr

integrou o time da empresa.

Para controlar o movimento da loja, os empreendedores investiram em diversas câmeras de segurança. Segundo o capixaba, a startup não tem funcionários para vigiar a

loja.

Mudanças de planos:

A Zaitt não nasceu como uma loja autônoma. Após terminar a faculdade de engenharia mecânica, os amigos Tomás Scopel, Rodrigo Miranda e Mário Miranda não queriam

trabalhar na indústria. Seguiram então pelo caminho do empreendedorismo.

Em 2016, eles lançaram a Zaitt, uma empresa que começou como um delivery de bebidas. “Na época da faculdade, nós fazíamos muitas festas, e não havia muitos locais que

entregavam bebidas. Assim, vimos uma oportunidade de mercado”, diz o empreendedor.

A proposta era entregar os produtos em menos de 40 minutos. A startup estocava os itens e cuidava da logística de entrega. Com o tempo, o estoque de bebidas se tornou

uma loja física, que vendia também outros produtos, como salgadinhos e chocolates.“Queríamos criar um negócio mais inovador. Foi aí que pensamos em abrir uma loja sem

ninguém para operar e sem filas no caixa”, afirma Miranda.

Uma nova empresa:

Apesar de transformar o seu negócio em uma loja física, os empreendedores não desistiram do modelo de delivery. Assim, criaram uma nova empresa em 2017: a Shipp. Com

uma proposta diferente, a startup promete entregar não apenas bebidas, mas ser um “delivery de tudo”.

Nesse modelo de negócio, as lojas, cantinas, bares cadastram seus produtos no aplicativo. A partir de ferramentas de geolocalização, esses itens ficam disponíveis para

os clientes. Caso haja um pedido, a Shipp aciona um dos seus 1500 entregadores para atender o cliente. A startup trabalha com 350 lojas parceiras e cobra uma

comissão de em média 20 a 27% sobre o valor de venda dos produtos.

De acordo com o empreendedor, se o cliente quiser comprar algum produto que não esteja cadastrado, é possível fazer uma encomenda. “O nosso entregador anda com um

cartão de débito e vai até a loja que o cliente solicitar para comprar o produto, nosso funcionário é como se fosse um assistente pessoal de compras”, diz.

Desde a sua fundação em 2017 a Shipp já faturou R$ 2 milhões. Já a Zaitt, desde que mudou para loja autônoma, já faturou R$ 250 mil.

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