25 mar 2014

Rádio-peão estraga o clima na empresa…acabe com ela!

Rádio-peão estraga o clima na empresa…acabe com ela!

Mais poderosa que a intranet, mais influente que os e-mails do CEO e mais devastadora do que a lista de corte, a rádio-peão continua a ser, ainda no século XXI, a mais eficiente forma de se propagar uma notícia na empresa, seja ela verdadeira ou não.

Essas notícias nascem nos mais diversos cantos da companhia: da responsável pela faxina, que acha que escutou alguém falando alguma coisa; no café, quando o pessoal se junta e solta o destrutível “vocês não sabem…..”;  e até no almoço dos executivos onde um quer mostrar que sabe mais que os outros e acaba demonstrando os seus ‘achismos’. Quem nunca viu um gestor mal informado tomando decisões absurdas baseadas apenas em conversas de corredor?

Em um mundo onde a ansiedade é o grande veneno do cotidiano, uma notícia da rádio-peão pode causar estragos enormes. Um profissional no limite da ansiedade acaba tomando atitudes explosivas sem o menor fundamento e com consequências irreversíveis apenas porque alguém disse algo que, na maioria das vezes, não tem nenhum fundamento.

Sua origem e época são desconhecidas, mas creditam-se a ela golpes de estado e até derrubadas de reinos desde antes do Egito antigo. Imagine o que não se falava nos corredores de Roma antes de Nero colocar fogo em tudo!

Atualmente ela é utilizada por gestores adeptos da centralização e da administração por conflito, convictos de que espalhar informações confusas – provocando medo em seus comandados – aumenta seu poder e veneração. Exterminá-la sempre foi o anseio de muitos; técnicas, metodologias e seminários foram desenvolvidos, todos com sucesso relativo.

As empresas que conseguiram sucesso absoluto tiveram como maior benefício um excelente ambiente para se trabalhar, aumento da produtividade e retenção de profissionais. E, para isso, utilizaram uma prática muito falada (e pouco) exercitada pelas corporações: transparência.

O resultado alcançado não é fruto de cartazes bem escritos, páginas dos manuais de “boas- vindas”, nem de uma palavra perdida na descrição de valores da empresa. Muito menos dos discursos anuais de confraternização. Ter transparência é algo que se consegue praticando em todos os níveis da corporação. E diariamente.

Seu principal guardião tem de ser, necessariamente, o presidente, afinal toda empresa é reflexo do seu principal executivo. Se ele transmitir e praticar transparência, seus liderados o seguirão; se ele for fofoqueiro e truculento, igualmente a empresa se portará.

Quando se sentir afetado pela rádio-peão e pensar em mudar de empresa, antes de saber quem será seu chefe, procure saber como se porta o presidente da empresa que pensa em trabalhar.

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