Você muito provavelmente já ouviu falar da Netflix, certo? Mas você sabia que o famoso serviço de streaming era muito diferente do que conhecemos hoje, quando surgiu, em 1998? A empresa foi fundada pelos empreendedores Reed Hastings e Marc Randolph e começou como um serviço de aluguel de DVDs em que os filmes eram enviados aos clientes por correio. Duas décadas depois, a empresa tem cerca de 125 milhões de assinantes espalhados pelo mundo.
Durante o VTEX Day 2018, evento de tecnologia e empreendedorismo que começou nesta segunda-feira (14/5), Randolph falou sobre o passo a passo para montar uma ideia de negócio.
Segundo o cofundador da Netflix, o Vale do Silício não pode ser um modelo para qualquer negócio. “Você não pode ter como alvo ser uma empresa do Vale do Silício”, afirma. “Eu já viajei por todo o mundo e vi inovações em todos os lugares.
Além disso, Randolph não acredita que a educação formal é determinante para o sucesso de um empreendedor. “Você não precisa de um treinamento especial ou de um diploma para ser bem-sucedido”, diz o empresário
Então, o que é preciso? De acordo com o empresário, são três coisas. A primeira é ter tolerância ao risco, de forma que você tenha coragem de tentar coisas novas sem saber o que irá acontecer.
A segunda é ter uma ideia – que, segundo Randolph, nem precisa ser tão genial assim. “O modo mais simples é um que você pode usar hoje mesmo: olhe para a dor”, diz o empresário. Isso significa, ele explica, um treino constante para enxergar as imperfeições do mundo e perceber tudo o que pode ser melhorado.
No processo de criação de uma ideia, muitos empreendedores contam o que estão pensando para pessoas queridas. E nem sempre dão um feedback positivo. “Quando eu contei a ideia da Netflix para a minha esposa, ela disse que era a ideia mais estúpida que ela já tinha ouvido na vida. Você conta para as pessoas e elas falam que isso nunca vai funcionar”.
No entanto, é importante arriscar, apesar de opiniões contrárias. “Pensar se vai dar certo ou não é um desperdício. Não é sobre ter boas ideias. É sobre criar um sistema para testar muitas ideias ruins.”
O terceiro passo é ter confiança. “Você tem que pensar que vai conseguir resolver mesmo quando as coisas derem errado”, diz o empresário que se define como um otimista do mundo dos negócios.
Fonte: https://revistapegn.globo.com