Os celulares “xing-lings”, que circulam sem a certificação dos órgãos reguladores, têm causado estragos para governos e fabricantes. No ano passado, o prejuízo com a não arrecadação de impostos sobre as 145 milhões de unidades vendidas pelo mundo foi de US$ 6 bilhões. Eles estão por toda a parte, inclusive no Brasil. Mas você sabe diferenciar os aparelhos de baixa qualidade dos falsificados?
Antes de mais nada, é importante ressaltar que eles têm mais semelhanças que diferenças. Segundo estudo publicado esta semana pelo Mobile Manufacters Forum, ambos evitam o pagamento dos direitos de patentes às fabricantes legítimas e utilizam IMEIs (identificações únicas para os celulares) provavelmente inválidos e chipsets e compomentes inferiores. Além disso, fogem da legislação que aplica normas para a venda e distribuição destes dispositivos.
Vamos, então, à principal diferença. Os celulares falsificados são caraterizados por imitar explicitamente a marca ou design de um produto autêntico. Recentemente, nós alertamos aqui no Olhar Digital sobre propagandas que circulam na internet para vender celulares picaretas anunciados como “estilo iPhone 5s” e “modelo Galaxy Note 3”. Nestes casos, os consumidores desatentos podem se frustrar ao levar para casa um “iPhone” ou “N920”, a imitação do Lumia 920, que rodam Android e têm especificações incompatíveis.
Excluindo os modelos lançados pelas fabricantes oficiais, os smartphones de baixa qualidade disponíveis no mercado, por outro lado, representam uma categoria que se assemelha à das marcas originais mas mantém diferenças suficientemente claras que permitem distingui-la como uma opção mais simples e barata. Estes dispositivos costumam conter acessórios que remetem aos celulares famosos, mas nunca de forma explícita.