A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta terça-feira (19) que os resgates de títulos do Tesouro Direto superaram em novembro as emissões de novos títulos públicos. Este foi o quarto mês seguido que o movimento foi registrado.
Segundo o governo, no mês passado, os resgates somaram R$ 1,21 bilhão e as vendas de títulos, R$ 1,09 bilhão. Com isso, a retirada de títulos do mercado superou as emissões em R$ 125 milhões.
O Tesouro Direto é um programa criado em janeiro de 2002 e que permite a pessoas físicas a compra de títulos públicos pela internet.
De acordo com analistas do mercado, a venda de títulos públicos pelos investidores nos últimos meses pode estar relacionada com o fato de que os juros básicos da economia vêm caindo, o que faz com que os títulos comprados antes da queda, pelas pessoas físicas, valham mais.
Segundo a instituição, porém, também foi registrado em novembro um acréscimo de 6.618 no número de investidores que efetivamente possuem aplicações.
“Com isso, o número de investidores ativos atingiu 558.313, o maior patamar desde o início do Programa”, informou o Tesouro Nacional. O crescimento em relação a outubro do ano anterior foi de 50,9%.
Estoque de recusos tem pequena alta
Já o saldo total (estoque) de títulos em mercado alcançou o montante de R$ 48,1 bilhões em novembro, uma alta de 0,6% em relação a outubro (R$ 47,8 bilhões) e um aumento de 21,6% sobre novembro de 2016 (R$ 39,6 bilhões).
“Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 60,3%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 23,0% e, por fim, os títulos prefixados, com 16,7%”, informou o Tesouro Nacional.
Nova ferramenta
Recentemente, o governo lançou uma nova ferramenta do Tesouro Direto para ajudar o investidor a decidir onde aplicar seu dinheiro.
Trata-se de um simulador que permitirá fazer comparações entre os títulos públicos à disposição, além de compará-los com outras aplicações como poupança, CDB, LCI/LCA e fundo DI.
De acordo com o governo, o objetivo é dar “autonomia e poder de escolha para o investidor”, que vai poder identificar rendimentos e vantagens de cada um deles.
A mesma ferramenta vai oferecer ao investidor sugestão de aplicação em títulos públicos, com base no perfil indicado pela própria pessoa.
No fim do ano passado, o governo já tinha anunciado o lançamento de um aplicativo oficial do Tesouro Direto, pelo qual os investidores podem realizar as principais transações, como investimentos, resgates, agendamentos e consultas de extratos, além da ampliação do horário de resgate (venda) dos papéis, entre outras facilidades.
Fonte: https://g1.globo.com/economia