04 set 2018

Apps na App Store terão que ter uma política de privacidade pública.

Apps na App Store terão que ter uma política de privacidade pública.

A Apple começou a notificar os desenvolvedores de apps para o iOS que, a partir de 3 de outubro, todos os apps novos e atualizados terão que linkar na App Store sua política de privacidade. Isso quer dizer que, quem não tiver uma política para tratamento de dados dos usuários não poderá publicar novos softwares na loja do iOS, tampouco atualizar os itens que já estão por lá.

Apps antigos não serão excluídos caso os desenvolvedores não linkem sua política de privacidade de forma pública na App Store, mas não ficou claro se a empresa pretende dar algum prazo para esses itens na loja.

Exigências

Entre os requerimentos exigidos pela Apple, apps terão que detalhar todas as políticas de retenção de dados, mostrando quais informações são coletadas e como elas são armazenadas. Será necessário também mostrar como usuários poderão pedir para não serem rastreados e, além disso, será preciso oferecer uma forma de os usuários excluírem seu histórico da base de dados do aplicativo.

A Apple não explicou exatamente o que moveu a empresa a tomar essa atitude, mas podemos imaginar que a GDPR, a nova lei europeia que protege dos dados dos cidadãos da União Europeia, tenha a ver com isso. O fato de o Facebook ter entrado em uma grande polêmica nos últimos meses por conta de um escândalo de vazamento de dados também pode ter influenciado as decisões da companhia.

Depois de analisar os 100 principais aplicativos gratuitos no Google Play e na Apple Store, a Symantec descobriu que muitos deles podem solicitar permissões arriscadas ou acesso excessivo a informações pessoais do usuário. Por exemplo: 45% dos aplicativos Android mais populares e 25% dos aplicativos iOS mais populares solicitam rastreamento de local.

Quarenta e seis por cento dos aplicativos Android populares e 25% dos aplicativos iOS populares solicitam acessar a câmera do seu dispositivo.

Alguns aplicativos Android até pedem para acessar mensagens SMS (15%) e registros de chamadas telefônicas (10%).

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