10 maio 2013

As áreas que mais contratam em esquema de home office

As áreas que mais contratam em esquema de home office

São Paulo – O ambiente corporativo, aos poucos, começa a se render aos benefícios do home office. Recente pesquisa realizada pela Robert Half com 1.777 diretores de Recursos Humanos em 13 países indica que 64% das empresas brasileiras já permitem, esporadicamente e para alguns cargos, que seus colaboradores trabalhem em casa. O teletrabalho é uma política fixa e válida para todos os funcionários de 11% delas, segundo o estudo.
“Está mais fácil trabalhar em home office porque as empresas estão avaliando seus funcionários mais pelos resultados apresentados. Se o profissional está entregando resultados com qualidade não tem porque ele estar na empresa das 8h as 20h”, explica André Magro, gerente da Hays.

Se a tendência começa a ser verificada nas empresas, algumas carreiras parecem, no entanto, estarem mais propensas ao trabalho remoto. Por isso, profissionais que estão inclinados a trabalhar no conforto de casa, sem ter colocar os pés todos os dias na empresa devem ficar atentos às áreas que mais oferecem contratos de trabalho neste esquema.

EXAME.com consultou dois especialistas para saber quais são as áreas mais promissoras para quem quer continuar usando o crachá da empresa mas prefere não estar fisicamente no escritório todos os dias. Confira:

1 – Vendas – “A área de vendas é a pioneira na adoção do home office, desde sempre é a que mais contrata funcionários neste esquema”, diz André Magro, gerente da Hays.

Isso acontece porque muitas empresas não têm escritórios regionais em todas as cidades em que atuam, por isso a adoção do trabalho remoto acontece em larga escala. “O funcionário tem crachá da empresa, veste a camisa, mas trabalha de casa”, diz Magro.

“É uma área naturalmente vocacionada para o teletrabalho”, concorda Alvaro Mello, presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt) e professor na Business School São Paulo.

2 – Tecnologia da Informação – Programadores, desenvolvedores de softwares, criadores de aplicativos e outros profissionais da área de Tecnologia da Informação também têm mais chances de trabalharem no conforto de casa, assim como os webdesigners, de acordo com o professor Alvaro Mello.

“É uma área que contrata mais neste esquema porque geralmente o funcionário lida com projetos e por isso tem mais probabilidade de trabalhar sozinho do que, por exemplo, uma pessoa que seja da área de contas a pagar em uma empresa”, explica Magro.

3 – Marketing – De acordo com os dois especialistas, a área de marketing também tem uma cultura mais aberta para o teletrabalho. “Por exemplo, o profissional tem uma apresentação importante para fazer ou está produzindo uma campanha de lançamento de um produto e, na empresa, as interrupções são constantes, por isso é comum tirar o dia para trabalhar em casa”, explica.

Gigantes como a Dell e a Unilever já são exemplos de empresas com executivos das áreas de marketing que adotaram o home office. Entre as vantagens do trabalho remoto estão a redução de tempo e de custos com o trânsito.

4 – Recursos Humanos – Toda mudança de cultura – como é o caso da adoção do homeoffice pelas empresas – geralmente começa pela área de Recursos Humanos da empresa. Por isso, quem trabalha com RH também tem chances de contar com a flexibilidade do home office.

“O profissional de RH tem essa liberdade também por que é uma área que tem que dar o exemplo e quando se inicia uma mudança cultural, geralmente o RH pode servir de ‘cobaia’”, diz o gerente da Hays.

O especialista também explica que em muitos casos a presença no escritório não é mesmo necessária todos os dias. “Há as empresas que tem regionais em outros países e uma equipe de RH que atende várias unidades, então esses profissionais podem trabalhar de casa também”, diz Magro.

Segmentos

Além destas áreas, há ainda alguns segmentos da economia que também são propícios para o home office, segundo os especialistas. “Temos notados que empresas de serviços, tecnologia, bens de consumo e farmacêuticos são as mais abertas ao home office”, diz André Magro, da Hays.

Profissionais que prestam consultoria e quem trabalha nos departamentos de projetos e planejamento também estão deixando os expedientes na empresa mais esporádicos, segundos os especialistas. “Quem trabalha em projetos, não precisa estar presente na fase de produção”, lembra Magro.

“Os consultores não precisam ficar na sede porque geralmente estão com seus clientes e podem fazer relatórios de casa. As sedes são mais usadas para fazer as reuniões”, diz Mello.

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