Primeiro imagine o volume de informações que uma pessoa carregava 30 anos atrás: no máximo uma agenda telefônica, algumas anotações em papel e seus cadastros em serviços e órgãos públicos.
Hoje, qualquer jovem com um smartphone carrega muito mais do que isso: fotos, vídeos, músicas… uma infinidade de informação que cresce cada vez que, por exemplo, ele acessa sua rede social favorita. A grande diferença é que toda essa informação nova proveniente das mídias sociais, dos blogs, vídeos, geolocalização, lojas de e-commerce e diversas outras fontes em forma de texto ou imagem não é estruturada, ou seja, não é organizada. É uma mistura de diferentes tipos de informação.
“O Big Data é um conjunto de recursos computacionais baseados em programação, algoritmos e buscas que permitem agregar todos os bancos de dados estruturados e os não estruturados – vídeo, imagens e textos -. Na hora em que você mistura tudo isso, vira um volume enorme de informações”, analisa MAURÍCIO PIMENTEL, COORD. GERAL / FACULDADE BANDTEC.
O grande desafio é descobrir como gerenciar e analisar todo esse volume de dados que cresce infinitamente todos os dias. Mais do que isso, entender esses dados e criar ferramentas para gerar mais experiência, produtividade, consumo e novos serviços. Para se ter uma ideia, esses dados não-estruturados representam 85% das informações com as quais as empresas lidam hoje em dia.
Na prática, a tecnologia permite analisar qualquer tipo de informação digital em tempo real. Claro, para isso, já existem técnicas e ferramentas que trabalham com o Big Data, mas ainda é só o início de uma nova era. Toda vez que você deixa seus dados em um site, logo ele é criptografo e se torna um algoritmo.
“A gente ainda não chegou no volume de técnicas, ferramentas e recursos que sejam bons”, diz MAURÍCIO PIMENTEL, COORD. GERAL / FACULDADE BANDTEC.
Já existem casos bem interessantes de uso de Big Data. Um exemplo é o “Flu Trends” do Google. Baseado nos dados do seu buscador, a empresa desenvolveu um projeto no qual conseguiu identificar tendências de propagação de gripe antes de números oficiais refletirem a situação. Essa mesma técnica pode ser aplicada para analisar inflação, desemprego e muitas outras coisas.
Como dissemos no início, a tecnologia ainda tem muito a evoluir; principalmente no que diz respeito às técnicas de Inteligência Artificial.
“Uma vez que não consigo ter acesso a essas regras, preciso ensinar ao leitor como lidar com essa informação e trazer para anáise e riquza empresarial que tem muito a crescer. O interesse, neste momento, é lidar com a informação não estruturada”, completa.