20 set 2013

CyanogenMod “virou” uma empresa, a Cyanogen Inc

CyanogenMod “virou” uma empresa, a Cyanogen Inc

Se você utiliza um aparelho Android, é bem provável que conheça a ROM CyanogenMod, não é mesmo? Este é um dos softwares do gênero mais famosos do mundo para quem quer “personalizar” o próprio sistema operacional — e isso fez com que a ferramenta acabasse conquistando uma quantidade enorme de adeptos ao redor do mundo.

Por conta disso, o ato de trabalhar com o software não pode mais ser considerado uma espécie de passatempo e brincadeira. Pelo visto, o pessoal pro trás do CyanogenMod pensa exatamente desta forma, já que eles anunciaram que agora são realmente uma empresa — e o nome é bem simples: Cyanogen Inc.

De acordo com o comunicado feito pelo fundador da companhia e criador da ROM, Steve Kondik, a intenção é a de fazer com que o seu software seja o terceiro sistema operacional mais utilizado no planeta todo, atrás apenas do Android e iOS. Dessa maneira, a empresa foi criada para que o projeto não acabasse sem sair do papel.

Uma quantia alta de dinheiro

Para que isso fosse possível, foi necessário juntar uma verba de US$ 7 milhões (cerca de R$ 16,1 milhões) para servir de capital. Kondik afirmou que esse dinheiro todo vai ser utilizado para providenciar melhorias rápidas ao software da companhia, além de “turbinar” o suporte que é dado a toda a comunidade de adeptos.

Outro objetivo é o de providenciar um instalador, de modo que o sistema operacional do seu aparelho mobile consiga ser alterado sem dificuldades — a ideia é a de disponibilizar a ferramenta na Google Play “em breve”. Atualmente, a instalação requer um processo de trabalho mais delicado, que, se não for bem executado, pode causar prejuízos ao dispositivo.

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09 set 2013

App brasileiro indica estacionamentos próximos e baratos para motoristas

App brasileiro indica estacionamentos próximos e baratos para motoristas

Quem enfrenta o trânsito das grandes cidades brasileiras sabe que pior que dirigir pelas ruas engarrafadas é encontrar uma vaga para estacionar. A tarefa é especialmente complicada em horários de pico e em bairros mais comerciais, como os centros das capitais. Olhando essa situação como uma oportunidade, um grupo de desenvolvedores brasileiro criou o Let’sPark, um app para Android e iOS que indica para o motorista onde ficam os estacionamentos mais próximos e o preço que estão cobrando.

O app deve mostrar um mapa com os estacionamentos cadastrados e um pino com o valor da primeira hora em exibição. Com isso, você pode comparar qual vale mais a pena. Tocando nos pinos, a tabela de preços completa é exibida.

Até o momento, somente a cidade de São Paulo é coberta pela ferramenta, mas há planos de expansão para toda a América Latina até o fim deste ano. Na capital paulista, já são mais de 500 estabelecimentos cadastrados, e os usuários podem atualizar os preços cobrados nesses locais, transformando o app em uma plataforma colaborativa.

A versão do Let’sPark para Android já está disponível gratuitamente na Google Play e a feita para iOS será lançada até o fim deste mês.

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05 set 2013

Descoberto o 1º golpe duplo para dispositivos móveis – Android

Descoberto o 1º golpe duplo para dispositivos móveis – Android

Pela primeira vez na história do cibercrime móvel dois grupos se uniram para distribuir ameaças. E, mais uma vez, os alvos são os donos de aparelhos com Android.

Por três meses, analistas da Kaspersky investigaram como o Trojan Obad.a está sendo distribuído, até descobrirem que ele tem sido ajudado pelo Trojan-SMS.AndroidOS.Opfake.a, que se espalha via mensagens de texto.

Tudo começa com um SMS típico de golpe: geralmente pedindo à pessoa que pague alguma dívida e disponibilizando um link para que o faça. Ao clicar, o usuário baixa o Obad.a, que só é instalado quando se clica para abri-lo. Então ele envia mensagens a todos os contatos do aparelho para continuar se espalhando.

O sistema foi tão bem montado que uma única operadora russa informou que mais de 600 mensagens foram enviadas contendo esses links em apenas cinco horas (83% das infecções ocorreram na Rússia).

Além desse golpe, os criminosos criaram lojas falsas de aplicativos para distribuir o Backdoor.AndroidOS.Obad.a. Eles copiam todo o conteúdo da Google Play, substituindo links legítimos pelos maliciosos, mas isso só afeta internautas móveis – acessar a página pelo desktop não oferece riscos.

Roman Unuchek, especialista da Kaspersky, afirmou que o Google foi alertado e corrigiu a vulnerabilidade no Android 4.3. Entretanto, somente alguns smartphones e tablets usam essa versão, então é preciso tomar cuidado para não cair em golpes.

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03 set 2013

Google e Microsoft se unem contra o governo dos EUA

Google e Microsoft se unem contra o governo dos EUA

Os rivais Google e Microsoft juntaram forças por um objetivo em comum: conquistar o direito de informar mais sobre a espionagem norte-americana. As companhias processaram o governo dos EUA, reclamando da censura imposta às empresas de tecnologia, que não podem divulgar detalhes das informações dos internautas solicitadas pela NSA (Agência de Segurança Nacional).

No blog da Microsoft, Brad Smith, do conselho-geral da companhia, revela que o processo foi enviado em junho. O executivo conta que, nas últimas semanas, por seis vezes o Departamento de Justiça pediu mais tempo para responder aos processos das empresas.

No entanto, segundo Smith, as várias negociações para chegar a um acordo falharam. Agora, as empresas continuarão com seu processo na luta por mais liberdade de informação. Tanto Google quanto Microsoft foram acusadas de compartilhar informações dos usuários com o governo, mas ambas negam que a NSA teve acesso direto aos dados.

O governo norte-americano diz que começará a publicar o número total de vezes que pediu informações dos usuários nos últimos 12 meses. “Mas o público merece, e a Constituição garante mais do que esse primeiro passo. Por exemplo, nós acreditamos que é vital publicar informações que revelam claramente o número de solicitações da segurança nacional pelo conteúdo do usuário, como as mensagens de um email”, diz Smith.

“Esperamos que o Congresso continue a pressionar pelo direito das empresas de tecnologia divulgarem informações relevantes do jeito certo”, conclui.

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02 set 2013

Saiba como deixar seu navegador mais rápido

Saiba como deixar seu navegador mais rápido

A gente sabe, todo mundo quer navegar mais rápido. Afinal, quem tem tempo pra perder na internet? Aqui no Olhar Digital a gente já falou de conexões, já explicou o consumo de banda e hoje traz dicas de como melhorar essa velocidade através de pequenas configurações no seu navegador.

No Chrome – hoje o browser mais popular da web – é possível ativar o recurso de pré-renderização; assim, o navegador prepara as prováveis páginas que você deva clicar para que elas sejam carregadas mais rapidamente. Nas configurações avançadas, basta marcar a opção “prever ações da rede para aprimorar o desempenho”. Fácil, né?

Ainda no Chrome, remover extensões e desativar plugins também pode ajudar bastante na performance do seu navegador. Atenção, antes de cancelar os plugins, tenha certeza que não vai precisar deles depois. Nas configurações, é só clicar na lata de lixo ao lado dos aplicativos que não deseja mais usar para removê-los.

No Firefox, da Mozilla, a limpeza de extensões e dados pessoais do navegador também ajuda em uma navegação mais fluida e sem travamentos. Em “complementos e extensões”, desative tudo o que for desnecessário. No Firefox ainda é possível fazer alguns ajustes finos para aumentar a performance do navegador. O recurso “pipeline” normalmente reduz o tempo de download das páginas. Para acessá-lo, basta procurar por network.http.pipelining.

A Microsoft também oferece ferramentas para melhorar o funcionamento do Internet Explorer. São parecidas com as dos outros navegadores, mas cada um com suas peculiaridades e caminhos. Vale a pena desativar extensões, limpar histórico e dados de navegação. Em todos os navegadores, uma alternativa para reduzir o consumo de memória e deixá-lo mais leve é tentar não manter tantas abas abertas ao mesmo tempo – o que, cá entre nós, é bastante difícil pra muita gente.

E aí, pronto para acelerar sua navegação? O tutorial completo e outras dicas para melhorar a performance dos navegadores mais populares da web estão aqui no Olhar Digital, logo abaixo. Confira e depois conte o que achou pra gente. Participe, deixe seus comentários e até a próxima.

Passo a passo

Chrome
Uma dica importante que o próprio Google dá é o recurso de pré-renderização das páginas, que possibilita que as prováveis páginas seguintes que o usuário acesse sejam carregadas mais rapidamente. Para isso é necessário entrar em Configurações e Mostrar configurações avançadas. Em seguida, na parte de Privacidade, marque a opção Prever ações da rede para aprimorar o desempenho do carregamento da página.

A melhor alternativa para reduzir o consumo de memória do Chrome e deixá-lo mais leve e rápido parte do próprio usuário. Não mantenha tantas abas abertas, o que é cada vez mais difícil na web atualmente.

Além disso, remover extensões pode ajudar bastante no desempenho do navegador. Para isso, acesse chrome://extensions/ ou entre em Configurações e Extensões e clique na latinha de lixo ao lado dos aplicativos que não deseja usar para removê-las. Limpar os dados também pode dar um refresco ao browser. Nas Configurações, clique em Limpar dados de navegação e confirme.

Desativar plug-ins pode ser muito útil para um ganho de desempenho, mas o usuário precisa pesar suas necessidades. O JavaScript é um deles, mas muitos sites dependem dele para funcionar. O Flash, que normalmente causa muitos travamentos no navegador, também pode ser desativado, mas haverá muitas perdas de conteúdo por isso. Para isso, acessechrome://plugins/ e clique em Desativar naquele item que quiser deixar de usar.

Alterações em configurações de rede podem ser decisivas também para obter uma melhoria de desempenho. Entre em Configurações e Mostrar configurações avançadas, eAlterar configurações de proxy. Clique em Configurações de LAN e marque todas as caixas de seleção. Feche o navegador e reabra para ver se houve resultado.

Firefox
Como no Chrome, a limpeza de extensões e dados pessoais do navegador colabora bastante para uma execução mais lisa do programa. Para desativar uma extensão, acesse Firefox,  Complementos e Extensões. Desative o que for desnecessário ou exclua se assim preferir. Já para apagar seus dados entre em FirefoxHistórico e Limpar dados de navegação.

Com o Firefox, no entanto, é possível fazer ajustes finos para melhorar seu desempenho, mexendo nas configurações do navegador. Digitando about:config na barra de endereços, procure por network.http.pipelining e dê um clique duplo para liberar o recurso de pipeline, que frequentemente reduz o tempo de download de páginas. Em seguida, encontre a entrada network.http.pipelining.maxrequests, dê um duplo clique e configure o valor para 40. Caso haja algum problema, basta refazer o caminho para desativar o recurso.

Internet Explorer
A Microsoft oferece algumas ferramentas para tunar o desempenho do Internet Explorer e dá dicas em seu site de como fazer isso nos links abaixo.

A primeira delas é manter seu navegador atualizado. As versões mais recentes do IE são mais exponencialmente mais rápidas do que algumas mais antigas e a atualização pode garantir um desempenho bem mais satisfatório.

Em seu site oficial, ela também sugere a utilização do FixIt, solução da Microsoft para detecção e correção automática de erros. Existe uma versão voltada especificamente para resolver alguns dos problemas do IE. Acesse este site e dê Executar Agora. O programa será baixado e executado para procurar algum bug que esteja atrapalhando o desempenho e tentar encontrar uma solução.

Também vale a pena desativar extensões, limpar histórico e dados de navegação e, se necessário e possível, deixar de lado plug-ins desnecessários.

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29 ago 2013

Google proíbe aplicativos do Android de interferirem no sistema

Google proíbe aplicativos do Android de interferirem no sistema

A Google atualiza ocasionalmente as regras da Play Store para eliminar comportamentos inconsistentes nos aplicativos desenvolvidos para o Android. E nós estamos testemunhando uma das maiores mudanças já realizadas pela empresa.

As novas diretrizes da companhia agora proíbem, de forma mais explícita, interferências nos dispositivos. Os aplicativos da Play Store não podem mais modificar configurações dos smartphones ou outros aplicativos sem permissão, e também não podem mais instalar favoritos ou ícones que acessam serviços de terceiros.

Sistema de pagamento in-app

O Google também deixou claro que todas as compras de bens virtuais dentro dos aplicativos devem passar por seu sistema de faturamento. É obrigação dos novos aplicativos seguir essas regras imediatamente, enquanto desenvolvedores com aplicativos existentes tem um período de 30 dias para fazer as alterações.

As mudanças nas diretrizes realizadas pela Google não significam que os códigos maliciosos deixaram de existir, mas pelo menos a empresa está deixando as regras bem claras sobre comportamentos inadequados.

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27 ago 2013

Facebook agora terá álbuns de fotos compartilhados

Facebook agora terá álbuns de fotos compartilhados

Quem nunca foi viajar e precisou pedindo as fotos da viagem para os amigos? O Facebook está lançando uma ferramenta para que isso não seja mais necessário. Chamada “Shared Albums” (ou “álbuns compartilhados” em português), a novidade permite que vários usuários subam suas fotos para um mesmo álbum na rede social.

O recurso permite que até 50 pessoas compartilhem a mesma coleção de fotos e cada uma suba até 200 fotos. Desta forma, o limite de imagens em um álbum compartilhado seria de 10 mil, contra apenas mil dos comuns.

“Agora, se você foi a uma festa e três albuns diferentes foram criados, você pode não ser capaz de ver todas as fotos, devido às configurações de privacidade, o que é confuso e frustrante”, afirma Bob Baldwin, engenheiro de software do Facebook.

A ferramenta possui três configurações de privacidade: o álbum pode ser público, restrito a amigos de colaboradores e limitado apenas aos colaboradores.

A novidade foi desenvolvida por Baldwin em colaboração com o colega Fred Zhao. Ela foi pensada durante uma sessão de hackathon da empresa, em que os funcionários se reunem para pensar em novos protótipos para a plataforma. Segundo os criadores, ela foi baseada no feedback dos usuários.

Apesar de ser um recurso bacana e novo para o Facebook, os usuários do Google+ deverão reconhecê-lo com alguma facilidade, já que algo semelhante já está em funcionamento na rede há algum tempo.

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27 ago 2013

Como fazer os vídeos do YouTube carregarem de uma vez

Como fazer os vídeos do YouTube carregarem de uma vez

Há um tempo o YouTube mudou o sistema de carregamento dos vídeos. Ele passou a adotar a tecnologia Streaming Adaptativo Dinâmico sobre HTTP (DASH, na sigla em inglês), que faz com que o arquivo seja dividido em blocos e eles carreguem separadamente.

A mudança incomodou algumas pessoas. Isso porque, ao pular ou voltar determinado trecho do vídeo, ele demora mais para carregar. Quem tem internet lenta sente mais a mudança, principalmente quando o YouTube começa a alterar a qualidade da imagem o tempo todo.

Se você é um dos que não está contente com a mudança, saiba que é simples resolver o problema e fazer com que o site carregue o vídeo inteiro em uma tacada só – como era antigamente.

O site gHacks apresenta o plugin chamado YouTube Center, disponível para Firefox, Chrome, Opera, Maxthon e Safari, permite alterar a configuração do site. Basta instalá-lo e, ao abrir o YouTube, uma engrenagem aparecerá no canto direito superior da tela. Clique no botão, desmarque a opção Dash Payback e desfrute da alteração.

 

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26 ago 2013

Guia de compras no exterior pela web

Guia de compras no exterior pela web

Quantos de nós já não caímos na tentação de comprar seja lá o que for de sites de fora do Brasil? Além de os preços bem mais baixos, ainda existe a chance de adquirir produtos que sequer chegaram ou vão chegar ao mercado nacional. Aproveitar as vantagens do e-commerce internacional pode, sim, ser interessante em algumas situações. Mas existe uma série de preocupações e problemas que podem transformar um bom negócio numa grande dor de cabeça.

“Às vezes você deixa de fazer uma boa compra no Brasil, por um preço que seria até menor, por ser seduzido por um preço sem impostos lá fora que, na hora de pagar, acaba dobrando”, salienta o advogado tributarista Leonardo Palhares.

O maior problema é que muita gente ainda se ilude com os preços praticados nesses sites estrangeiros. E, na hora de receber o produto, tem a desagradável surpresa de descobrir o real valor do produto quando este é somado aos tributos que incidem sobre a compra internacional. E, de acordo com o advogado, qualquer produto importado, de qualquer valor, está sujeito a tributação pela Receita Federal. Aquela história que muitos já devem ter ouvido falar de que até 50 dólares não se paga imposto, é mito.

“Na prática, de acordo com a lei, todo e qualquer produto, seja qual for o valor, está sujeito a tributação no Brasil”, explica Palhares.

Ou seja, se alguma vez você já comprou qualquer produto e o recebeu na porta de casa sem qualquer tributação – o que pode acontecer devido à impossibilidade de controlar tudo o que chega no país – saiba que você foi um lance de sorte: esta não é a regra do jogo.

Se você quiser fazer compras assim, o jeito é fazer as contas antes de comprar e já se preparar para os impostos.

Outra informação que muito comprador ansioso desconhece é que os sites de compra internacionais não se responsabilizam por qualquer tributação sobre o produto quando ele chega ao Brasil. Normalmente isso até está explícito na hora da contratação do serviço. Mas, cá entre nós, quem lê tudo aquilo antes de clicar no “OK” da compra? A maioria oferece entrega internacional e tudo mais, mas isso não significa resolver problemas com a alfândega brasileira.

“Vale o Código de Defesa do Consumidor porque, ao comprar, o consumidor estava no Brasil, ou vale a legislação do contrato que ele firmou com a empresa de e-commerce fora do Brasil?”, questiona o advogado, que responde: “Cada um vai puxar a sardinha para o seu lado.”

Outro mito: pedir que a compra seja enviada como “presente”. O artifício já não cola com os fiscais da Receita. Ou seja, se você realmente quiser comprar algo de fora, não tem jeito: faça as contas. Nós pesquisamos os sites dos Correios e da Receita Federal e podemos adiantar algumas informações básicas: livros, revistas e jornais são os únicos bens isentos de taxas de importação. Para qualquer outro produto, funciona assim: a tributação será a soma do preço de compra com o valor do frete e mais o seguro que porventura possa ser cobrado pela transportadora. Por exemplo, em um produto de 120 dólares, se valor do transporte for de 20 dólares e o seguro mais 10, você pagará 90 dólares de taxas, o que corresponde a 60% de imposto de importação. Ou seja, na lei brasileira, você paga imposto de importação até sobre o serviço do frete e do seguro. Não apenas sobre o valor da mercadoria. É brincadeira?

“Você vai passar por dores de cabeça maiores e as formas de se resolver os problemas talvez sejam muito mais difíceis – ou às vezes impossíveis – do que seriam se fosse uma compra no Brasil”, sentencia Palhares.

Se você quiser conhecer mais detalhes sobre compras e envios de produtos do exterior, nós separamos o link do sites dos Correios com a dúvidas mais frequentes dos consumidores. Acesse e se informe. Na próxima semana, no segundo capítulo da  série sobre o comércio eletrônico, vamos mostrar o enorme desafio que as empresas brasileiras de compra online enfrentam por aqui. Saiba por que tantas delas estão na mira do Procon e outros órgãos de defesa do consumidor.

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26 ago 2013

Por que a internet brasileira é tão lenta?

Por que a internet brasileira é tão lenta?

Abaixo da média global; assim é nossa velocidade média de conexão à internet no Brasil. O país é apenas o septuagésimo terceiro colocado no ranking do estudo “State of Internet”, realizado pela Akamai, maior empresa em aceleração e segurança para a internet, em 243 países. Segundo o relatório do último trimestre, a velocidade média da conexão no Brasil foi de 2,3 megabits por segundo – enquanto a média global é de 3,1 megabits por segundo.

Uma curiosidade salta aos olhos nesse ranking: ficamos atrás até da atrasadíssima Coréia do Norte, que registrou velocidade média de 2,7 megabits por segundo. Mas, acredite, a situação por aqui já foi pior: a média brasileira cresceu 7,4% em relação ao último período de um ano.

Na visão do diretor da Akamai na América Latina, Jonas Silva, a baixa velocidade de conexão no país é oriunda, principalmente, de dois fatores. O primeiro é que cresceu muito o número de primeiros usuários de internet no Brasil e, segundo ele, esses acessos – mais concentrados nas classes C e D da sociedade – são realmente de baixa velocidade.

“A outra coisa que leva a este comportamento no Brasil é a dimensão geográfica, que é muito grande. Isso causa uma certa dificuldade para trazer uma velocidade alta de internet para um país com dimensões continentais”, explica Jonas Silva.

Na América Latina, a maior média está no Chile, com quase três megabits por segundo de velocidade. Mas vale lembrar que dos 16 milhões de habitantes de lá, cerca de 13 milhões estão concentrados na capital, Santiago. Já o Brasil é um país continental, o que dificulta as comparações. Fica mais fácil, nesse caso, comparar com a velocidade média de conexão em São Paulo, maior cidade do país.
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“Se conseguirmos separar por estado, todos os estados litorâneos tem velocidades maiores e, eventualmente o Sudeste e o Sul têm velocidade mais alta. Isso vem desde o tempo da colonização, como o Brasil se desenvolveu”, explica Silva.

A boa notícia é que as perspectivas são otimistas. Com o crescimento de novos serviços através da internet na TV, as operadoras – por acaso as mesmas que oferecem serviço de banda larga – têm grande interesse em mudar esse cenário. É um raro exemplo de uma curiosa coincidência entre interesse econômico com o interesse da população.

“A velocidade deve melhorar nas grandes regiões metropolitanas porque existe o interesse das teles. Hoje elas têm interesse em oferecer uma programação por internet, de televisão por assinatura. E para ter uma transmissão em HD, é necessário uma velocidade de pelo menos 2,5 Mbps, então a maioria destes acessos de baixa velocidade devem ter um upgrade de velocidade ao longo do tempo”, conta o diretor da Akamai.

O estudo da Akamai mostrou também a penetração da banda larga em todo o mundo. No Brasil, menos de 1% das conexões é superior a 10 megabits por segundo; 14% estão entre quatro e 10 megabits por segundo… ou seja, os outros 85% estão abaixo disso.

A fibra óptica, que timidamente, começa a ser instalada em algumas cidades do país, é a melhor saída para fazer com que o Brasil suba algumas posições neste ranking. Porém, novamente, por ser um país continental, a dificuldade de instalação e o alto custo fazem com que essa mudança provavelmente ainda leve mais alguns anos para se concretizar.

“Vai levar alguns anos para chegar neste nível em que a sexta economia do mundo também chegue a este posto na área de comunicação digital”, diz Silva

O “State of Internet” avaliou também conectividade de rede, tráfego de ataques, e disponibilidade. O Brasil é listado como a oitava maior fonte de ataques no mundo. Para conferir o estudo completo neste mapa interativo, confira o link abaixo do vídeo para comparar nosso país com todos outros ao redor do mundo. Confira e surpreenda-se!

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