O Google anunciou nesta terça-feira, 28, que trabalha no desenvolvimento de um método de monitoramento e combate a doenças com uso de nanotecnologia.
A gigante de buscas planeja inserir partículas magnéticas com tamanho inferior a um milésimo das células vermelhas no corpo. Elas se unirão a células, proteínas e outras moléculas dentro do corpo e se comunicarão com um dispositivo vestível que poderá atraí-las e contá-las.
A ideia é combater doenças como o câncer que, se for descoberto cedo, apresenta melhores condições de tratamento, uma ideia que não é totalmente nova; recentemente pesquisadores da Universidade da Califórnia anunciaram planos semelhantes (relembre). Essas nanopartículas provavelmente serão ingeridas por uma pílula.
Durante evento promovido pelo Wall Street Journal, Andrew Conrad, que comanda a equipe Life Sciences dentro da divisão Google X, disse que levará mais de cinco anos para ter tudo isso em funcionamento.
Os pesquisadores ainda precisam identificar que tipo de revestimento tem de ser usado em cada partícula para que elas se agarrem às células certas. E o Google ainda não sabe quantas partículas seriam necessárias para que o sistema funcione, tampouco construiu o dispositivo vestível, que tem de ser pequeno para não incomodar e, ao mesmo tempo, capaz de se manter sem muitas cargas de energia.
Há ainda a necessidade de enfrentar a desconfiança de setores de saúde e convencer a sociedade de que não há riscos quanto à privacidade, pois se o buscador do Google já desperta críticas, que dirá um sistema em que a empresa estará dentro do corpo das pessoas.
Conrad, entretanto, garante que a segunda preocupação será facilmente contornada, uma vez que o Google nem pretende manter o sistema, apenas desenvolvê-lo e licenciar a tecnologia.
Mais de 100 funcionários do Google X trabalham no projeto. A divisão é a mesma por trás do Google Glass e do carro autônomo da companhia.
Fonte: Olhar Digital